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Você tem coragem de matar?!

Matar é uma palavra forte que assusta muitas pessoas! Mas em se tratando das mulheres, especificamente, um tema que tem me feito pensar muito é o tal do aborto. Mas não falo do aborto espontâneo, aquele que acontece naturalmente sem o uso de nada que o provoque, mas sim do aborto provocado por algum medicamento, ou até mesmo por procedimentos médicos/cirúrgicos.

Podem vir até a minha pessoa e dizer mil definições de aborto, volto a dizer que estou me referindo ao aborto provocado, como “o aborto é a interrupção de uma gravidez”, mas na minha visão, e creio eu que seja a visão de boa parte da população, o aborto é o ato de matar um ser indefeso da pior forma possível. O aborto é um ato de crueldade!

No blog de uma pessoa que eu admiro muito, Tiba Camargo (apresentador e consagrado da Canção Nova) tem um post com a seguinte aspas:

“Quem tem autoridade para dizer onde começa a vida é a Biologia, amparado pela embriologia, pela medicina fetal, isso nós já sabemos. E é justamente a biologia que nos afirma que a única diferença entre cada um de nós e um óvulo fecundado é o TEMPO e a NUTRIÇÃO. Ou seja, isso é um dado científico. A diferença é que eu tenho 30 anos e o feto tem 2 meses, 5 meses… ; Eu como arroz e feijão e o feto está em simbiose com a mãe por questões nutrientes, somente por isso.” Tiba Camargo

Nesse artigo o Tiba fala sobre o aborto e partilha da mesma opinião que eu.

Você deve estar se perguntando o porquê de eu estar tocando neste assunto, eu explico: o STF estava julgando a descriminalização do aborto de anencéfalos hoje, mas o julgamento foi suspendido. Sabe qual é o placar até agora?! 5 VOTOS A FAVOR e 1 CONTRA!

Para saber mais: STF suspende julgamento de anencéfalos; placar é favorável a aborto

O fato é que eu estou incrédula! Não acredito que a população brasileira queira a legalização desse tipo de assassinato! Sem contar que isso, creio eu, vai abrir brecha na lei e vai fazer com que, em pouco tempo, comecem a abortar, como já é prática em outros países, crianças com síndrome de down, por exemplo.

Mas não vou divagar demais e vou me prender ao tema questionado: aborto de anencéfalos.

Para quem não sabe os anencéfalos são seres com má formação do tubo neural, eles não são seres sem cérebros, como muitos pensam. De acordo com uma reportagem que saiu no site Uol Notícias, escrito pela Tatiana Pronim, a anencefalia ocorre por conta de um defeito no fechamento do tubo neural, que faz com que “a calota craniana (parte do crânio da sobrancelha para cima) não se forma, o cérebro fica exposto e vai sendo corroído pelo líquido amniótico. O grau da lesão varia de feto para feto.”

Retirada do site Uol

Neste artigo a anencefalia é tratada como uma doença, e é o que ela realmente é! Muitos pensam que os anencéfalos não vão sobreviver nem as primeiras horas, mas já temos casos com mais de anos de vida (vou apresentá-los mais embaixo)… e mesmo que eles morressem com um segundo de vida, fica a pergunta: Qual é o ser humano que não vai morrer algum dia?

Todos vamos morrer, e TODOS temos direito a vida!

Como falei acima, temos casos de anos de vida! Em 2009 a Associação Médico-Espírita de Mato Grosso do Sul, AMEMS, publicou um artigo que fala sobre a Letícia, que na época estava com 9 anos e era anencéfala! Estou falando no passado porque não sei se ela continua viva, mas o fato é que chegou aos 9 anos!

E o caso da Letícia é surpreendente sim, pois além de toda essa superação, ela foi abandonada na pela mãe biológica, que alegou em uma carta não ter condições de criar a filha, na porta de uma casa. Letícia foi levada para um lar de adoção, onde 6 meses depois conheceu um casal que a adotou!

Está querendo mais exemplo?! Eu dou!

Enquanto o relator do STF, ministro Marco Aurélio de Mello, sai por aí dizendo que os bebês com ausência parcial ou total do cérebro não tem vida, Marcelo e Joana Crochato protestam contra a descriminalização do aborto em casos de fetos anencéfalos, com a filha Vitória nos braços…Ah, a neném tem 2 anos!

Posição do ministro Marco Aurélio de Mello.

Para saberem mais sobre a Vitória, corram até o blog que os pais criaram para contar sobre a filha deles: Nossa amada Vitória de Cristo

Bom, se eu for divagar sobre o assunto, não termino esse post nunca! Por isso eu gostaria de saber de vocês o que pensam sobre o tema.

 

*Interessantes para serem lidos:

  • Posição da Igreja Católica sobre a anencefalia
  • O que a Bíblia fala sobre o aborto
  • Ex-médico abortista faz revelação surpreendente
  • Deputado Márcio Pacheco falando sobre a anencefalia (Inclusive discursa sobre o fato de que o aborto não é legal no Brasil nem nos casos de risco de morte da mãe ou estupro, esses fatos anulam a pena, mas não torna o aborto legal)
  • Aborto e a inércia de um poderoso exército
  • Gianna Jessen, sobrevivente de uma tentativa de aborto
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  • Tomatecomacucar

    Oi Lilinha,

    Concordo em gênero, número e grau contigo. Acho um crime absurdo. Beijocas

    http://tomatecomacucar.blogspot.com.br
    @tomatecomacucar

    responder
  • Joana

    Só quem já teve um filho sem condições de sobrevivência no útero sabe a dor que é carregar esta gravidez. Sou a favor da vida mas sou mais ainda a favor da escolha. A mãe é que sabe o que vai ser melhor para ela. Se você é contra o aborto nunca faça um. Mas não tente opinar em um assunto pelo qual nunca passou.

    responder
    • Larissa Rehem

      Se hoje você é mãe, é porque um dia passou pelo estágio de ser filha…
      Já pensou se sua mãe decidisse te abortar?
      Ser humano nenhum tem o direito de interferir na vida de um outro ser humano.
      Acredito que se uma vida foi gerada, não importa se ela tem algum tipo de doença ou não, ela veio por algum motivo… Com certeza a gestação deve ser dolorosa, mas tenho plena convicção de que a dor que o feto sente quando é abortado é infinitamente maior.

      Isso sem contar que tem dados que mostram: a mulher que aborta, geralmente, desenvolve vários problemas…
      Quanto a natureza cobra pelo aborto?
      25% das mulheres que fizeram aborto freqüentam continuamente psiquiatria.
      60% experimentam estress emocional pós aborto e desordem do estress pós traumático.
      138% mais probabilidade de depressão comparando com as mulheres que mantem sua gravidez até o fim.
      260% mais probabilidade em serem hospitalizadas para tratamentos psiquiátricos.
      7 X mais propensas ao suicídio do que as outras mulheres
      De 30 à 50% da mulheres que praticam o aborto ficam com alguma disfunção sexual.

      Sem falar de vários outros…

      E desculpa Joana, mas eu vou opinar sim! A vida é mais importante do que qualquer escolha feminista!
      E nós vivemos numa democracia, onde todos podem dizer o que pensam e onde a vontade da maioria prevalece…

      responder
  • Amanda

    Flor, arruma aí: dIvagar, e não dEvagar.

    A Vitória tem acrania, que é diferente de anencefalia 🙂

    Sinceramente, não tenho uma posição definida. É tudo delicado demais, relativo demais. Tem o lado das mães que sofrem com a morte da criança anencéfala, mas tbm tem o lado das crianças que sobrevivem. Poucas, mas existem. Fico inclinada a achar que cabe aos pais decidirem se querem levar ou não a gestação em frente.

    responder
    • Amanda

      Aliás, fiquei na dúvida agora. No blog eles falam que ela tem acrania, mas não dizem se também tem anencefalia.
      Tô lendo compulsivamente sobre o caso, toda hora acho uma informação diferente: que ela tem acrania, que é anencefalia, que é acrania que evoluiu pra anencefalia, …

      Inclusive encontrei conceitos distintos pra anencefalia: tem lugar que diz que é um dano considerável ao cérebro, tem outros que falam que é anencefalia quando o tecido cerebral corresponde à menos de 1/3 do tamanho normal do cérebro.

      responder
  • Hell Paris

    Começo dizendo que este assunto em qualquer outro lugar do Mundo teria sido resolvido no máximo em algumas horas. Que tipo de argumento estúpido como o direito à vida de um bebê morto consegue arrastar um processo por longos 8 anos e dividir opiniões?

    Não só como mulher, mas como cidadã isso me deixa revoltada. O aborto já é permitido aqui em caso de estupro. Ou seja, pode matar um feto perfeitamente saudável proveniente de estupro, mas não pode “matar” um feto que provavelmente nascerá morto?

    Tenho 29 anos e sou casada. Não sou mãe e não pretendo ser. Acho que hoje vivemos num Mundo nojento, ruim e sinceramente sem esperança nenhuma. Não entendo e nunca vou entender nem o motivo das pessoas quererem colocar uma vida para sofrer nessa porcaria que chamamos de Mundo em que vivemos.

    Logo vai faltar recursos, vai faltar comida (já vemos que não é suficiente para todos) e principalmente, vai faltar água.

    Daí vem esse monte de pobre e tem uma penca de filhos! Sinceramente não vou entender jamais esse papinho ridiculo de meu filho é a continuação da minha família e bla bla bla. Tanta criança para adotar… enfim… isto é outro assunto.

    O fato é que se fosse comigo eu abortaria sim. E sou a favor. Um dos motivos é o que já expliquei acima. Já sofremos sendo normais e saudáveis. Fico imaginando o sofrimento de uma criança nessas condições. Se fosse comigo, eu não ia querer viver assim. Poderia citar outros milhões de motivos que muitos considerariam igualmente egoístas, mas não vou me estender.

    Os casos que você mostrou são raros e na maioria das vezes esses bebês nascem mortos, não sobrevivem dias e nem horas nestas condições. E se chegarem a crescer? Jamais serão uma pessoa. Sempre vão depender de outras. Isso é condição de vida? Meu maior medo hoje digo para você não é morrer, mas ficar numa cama dependendo de outras pessoas. Pesadelo isso. Não gosto nem de pensar! Fico suando frio só de me imaginar numa situação dessas.

    Somente a mãe que passa por esta situação pode optar ou não por manter a gestação. E é isto que está sendo discutido no STF: a possibilidade jurídica de uma pessoa grávida de um feto anencéfalo decidir por continuar ou não a gravidez. Ou seja, o aborto não será obrigatório. Não dá para colocar na balança e pensar por outra pessoa. Cada pessoa deve pensar por si. Cada pessoa sabe onde dói e o peso da cruz que carrega.

    É igualmente egoísta pessoas não quererem essa aprovação sendo que nunca passaram por algo assim. A escolha deve ser livre, não há argumentação. Não se trata só de dignidade da mulher.

    Que fique claro que não estou querendo que ninguém aqui pense da maneira como eu penso. Esta é a minha opinião. Ontem acompanhando todo o processo que está acontecendo no STF encontrei o depoimento desta mãe:
    http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,engravidei-duas-vezes-de-bebes-anencefalos,859464,0.htm

    Ela engravidou duas vezes de bebês anencéfalos. Só posso tentar imaginar o que esta coitada passou e o que sofreu.

    Tem um video também:
    http://video.google.com/videoplay?docid=-5477027628085705086

    Ao meu ver é uma crueldade sem tamanho obrigar uma mulher a ter um filho nessas circunstâncias. Esse documentário tem 23 minutos e conta a histórida da Severina que tenta conseguir o direito de aborto para o bebê que é anencéfalo.

    É feito um acompanhamento de todo o processo da gravidez, as audiências no tribunal e por fim a mulher fazendo o parto. Uma coisa horrível pela qual ela passou de ver seu filho nascendo sem crânio e depois ainda ter que enterrá-lo.

    Ninguém merece passar por algo assim.

    responder
  • Diise França

    Assunto muito sério, complicado e polêmico! Estou com a Amanda, e sinceramente, não tenho posição definida. Fico pensando na questão da criança nascer morta, vale a pena carregar um feto morto dentro de si por nove meses?
    Um beijo gata

    responder
  • Isabela

    Bem,
    O cerne de toda a questão é: quando começa a vida? Pois, o “padrão” estabelecido hoje é que ela se “inicia” no 3º mês de gestação, porém, deve-se atentar que essa “convenção” foi decidida por um grupo de médicos (e posso afirmar com 100% de certeza que não são todos os médicos do mundo), ou seja, mesmo que com base em vários estudos biológicos, convencionou-se que a vida antes desse 3º mês não existe, assim, é mais do que dever de qualquer pessoa/cidadão que possua opinião diversa se manifeste e lute por uma mudança, pois, partindo da premissa de que a vida já é iniciada na fecundação, momento em que já há uma real e concreta possibilidade de sobrevivência, este deve ser o momento que o próprio embrião já merece proteção do Estado, afinal, não é esse o seu papel? O bem maior de qualquer sociedade não é a vida?
    Então vêm alguns dizendo: o feto anencéfalo não tem chances de sobrevivência. Ok, primeiro, temos o caso da Vitória (e vejam, não menciono a Letícia), que simplesmente pelo fato de uma chance em um milhão, já deveria ser suficiente para merecer proteção, pois usando da analogia, se você se perdesse na floresta amazônica, a maior do mundo, vc gostaria de que fossem feitas buscas certo? Ou simplesmente pelo fato de a possibilidade ser muito remota, não deveria se colocar uma equipe de busca? Então essa justificativa, de que as chances são muito pequenas não é suficiente.
    Depois posso argumentar mais uma vez: quando começa a vida? Partindo, novamente, da premissa que ela se inicia com a fecundação, mesmo que o bebê tenha um minuto de vida fora da barriga da mãe, ele sobreviveu 9 meses! 9 meses de vida é muita coisa!
    E ainda há o argumento de que é para se evitar o sofrimento, ora, considerando aquele feto uma vida, os interesses (lê-se “sofrimento”) da mãe são mais importantes para o Estado do que os do bebê? O dever do Estado é tutelar não só a vida, mas os direitos, e assim, não pode usar pesos e medidas diferentes entre seus cidadãos, dessa forma, havendo vida na barriga da mãe, este se torna portador do direito de proteção… Sim, eu sei que a lei não é codificada dessa forma, que ela protege à partir do 3º mês de gestação, mas o que são as leis, senão regras que refletem as necessidades da sociedade? Assim, é nosso papel questioná-las, pois o direito evolui com sua sociedade, e se não formos capazes de demonstrar essa nossa evolução, que são necessárias mudanças de parâmetros, a lei se torna letra morta! Afinal, o padrão de 3º mês foi estabelecido em cima de estudos e de uma convenção de que “esse estágio de formação já é vida”, porque então o estágio de vida não é a fecundação? Porque as chances de vida são menores que no 3º mês? Ora, as chances de uma mulher de 23 anos saudável são bem maiores que as de uma mulher de 85 com câncer, por isso, permite-se que a de 85 anos não merece viver?

    É isso, inúmeros argumentos podem ser usados, e deve ser observado que nenhum argumento religioso foi usado, mas simplesmente, que o inicio da vida, as chances de vida já existem à partir da fecundação, e existindo vida à partir daí, este merece viver, nem que sejam os 9 meses de gestação, os direitos da mãe não são maiores que os do feto, afinal, tanto o Estado quanto a igreja devem dar o livre arbítrio certo? Porém, devem garantir o livre arbítrio da própria pessoa, sobre sua própria vida, e não sobre a vida de outro, por isso há punições para assaltos, homicídios e tantos outros crimes que ferem a esfera jurídica de um terceiro, assim como vem sendo ferida a dos fetos anencefálos.

    ;*

    responder
  • Gi Lizarda

    Oi, Lila!

    Continuo com o opinião do dia em que conversamos sobre isso. Sou contra TODO e QUALQUER tipo de aborto. Ninguém tem o direito de tirar a vida do outro. Seja ele doente, anencéfalo, fruto de um estupro… TODOS têm o direito à vida.

    É claro que nunca passei por situações que demandassem a minha decisão de mãe, mas quero crer que eu seria forte em minha resolução e nunca decretaria a morte de um filho meu.

    Beijocas.

    responder
  • Heloísa Bomfim

    Acho que aborto não resolve os problemas e que ninguém deveria decidir a hora da morte dos outros.
    Concordo muio contigo quando diz que todos vamos morrer e todos temos direito a vida!

    Beijocas

    responder