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TRIP/TPM | bate-papo no Iesb

Rolou no Iesb um bate papo com a Micheline Alves, diretora do núcleo TRIP/TPM, sobre o jornalismo. O momento foi incrível e eu compartilhei tudo com vocês!

Ontem a noite rolou um bate-papo com a Micheline Alves, diretora do núcleo TRIP/TPM, no Festival de Economia Criativa do Iesb. Eu fui conferir porque queria saber mais sobre o universo das duas revistas e acabei descobrindo que elas são, hoje, consideradas marcas, já que além de uma revista impressa, elas possuem o conteúdo digital, um site, a TRIP tem programa na rádio e na TV e além disso, elas realizam outros serviços, como a revista de bordo da GOL e o catálogo da Natura.

trip:tpmFoto: Acervo Iesb

A Micheline também falou muito sobre a questão do jornalismo e de como temos vivenciado um período de experiências porque o impresso tem se modificado muito, a internet ainda é um mundo que precisa ser muito explorado e os jornalistas estão realizando diversas experiências para descobrir onde vale a pena investir, como esse investimento deve ser feito, e sobre os meios independentes de jornalismo – tendo em vista que nossa categoria tem sofrido muito por conta dessa crise que o país tem passado, assim como tantos outros profissionais.

“A TRIP/TPM tem hoje uma redação comum e são 30 pessoas trabalhando em todas as plataformas (revista impressa, revista digital, redes sociais, programa de rádio e programa de tv). Isso é muito pouco! É pouca gente para fazer tudo isso e, infelizmente, esse é o reflexo basicamente dessa crise. Do jeito de produzir, de não se poder investir tanta grana, afinal de contas, produzir informação de qualidade custa muito caro.”, declarou Micheline.

Acredito que essa discussão que ela abriu é algo que faz os jornalistas pensarem muito, ao menos foi o que aconteceu comigo. Mas também acredito, assim como ela, que nossa profissão não vai acabar, pois só quem estudou para isso tem as ferramentas necessárias para reproduzir uma matéria boa, de qualidade. Entretanto, também acho que essa discussão não é o que vocês querem ouvir, portanto, vamos à TRIP/TPM.

Essas revistas, para quem não conhece, são bem diferentes das revistas voltadas à grande massa. Tanto a TRIP (voltada para os homens) quanto a TPM (voltada para as mulheres) buscam discutir temas mais amplos, elas não buscam o “hard news” ou aquilo que os meios de comunicação de massa precisam divulgar sempre.

“No caso da TRIP/TPM, existe menos esse compromisso de estar ligado às notícias cotidianas. Os assuntos discutidos são macro e já há alguns anos as edições impressas de ambas revistas discutem um determinado tema. Nesse mês, o tema foi a palavra “vergonha”, e partimos todo mês de uma ideia ou palavra que se desdobre em histórias”, contou Micheline.

E essas revistas também são muito pautadas na liberdade, especialmente na liberdade da pessoa escolher o que ela quer em relação a qualquer assunto imaginável. Inclusive tem diversas matérias bem polêmicas nessas revistas, mas que eu  particularmente acho que tais temas precisam sim ser discutidos. Entretanto, preciso confessar que muitas vezes eu discordo da posição de tais matérias.

“É aquilo, aqueles momentos em que o jornalismo faz a diferença. Uma história bem contada, uma história diferente, faz a diferença! A TRIP colocou dois surfistas se beijando numa capa [capa de outubro de 2011]. Essa edição não era exclusivamente sobre o mundo gay, era para falar da diversidade sexual. Então as discussões da revista eram sobre: cada um vive o sexo do jeito que quiser. A TRIP parte dessa defesa da individualidade.”, afirmou Micheline.

O exemplo mostrado acima, por exemplo, é de um assunto bastante polêmico e eu tenho pensado em falar um pouco sobre isso em um vídeo, mas é um plano para o futuro.

Enfim, o bate-papo foi super enriquecedor e foi um privilégio poder participar de um momento que trouxe tanta reflexão!

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