Hoje completo sessenta dias na casa dos pais. Em meio a essa pandemia que está mudando o mundo, prejudicando a economia de todos, escancarando em nosso país os abismos sociais entre as classes. Decidi falar mais um pouco sobre o que tenho observado, analisado e como tem sido o dia a dia por aqui. Bem-vinda ao meu diário de quarentena.
Ah, as fotos são de bons dias. É que de ruim, já bastam os noticiários e os alguns dos fatos encontrados nesse texto!
Querido diário,
A situação do país está tensa e complicada. Nesses últimos sessenta dias vimos um presidente que vai contra às regras da Organização Mundial da Saúde e, baseado na própria opinião, inferniza a vida dos outros até que peçam demissão.
Acredita que dois Ministros da Saúde já deixaram o cargo? O último deles não ficou nem um mês na posição.
E tem mais! Investigações apontam que Bolsonaro pretende tirar vantagem na Polícia Federal, foi por isso que o ex-Ministro da Justiça pediu demissão também!
Pior é que não acaba por aí… ainda temos um Ministério da Educação que defende a aplicação do ENEM. Não há quem me convença de que o governo quer o dinheiro dos alunos e está pouco se lixando pra tudo que não seja dinheiro no bolso dele.
É esquisito em meio a um caos mundial termos governadores que agem de acordo com a OMS; um presidente que inferniza a vida de todos não temos ministro da saúde (e até Dr. Rey se convidou para assumir o cargo.), as pessoas cotadas para essa cargo dão tanto nojo que nem dá pra explicar.
Mas diário, preciso dizer. O mais difícil de tudo é o sentimento de remar contra a maré, são os questionamentos que me assolam e me fazem pensar: o que será do Brasil daqui pra frente?
Como enxergar um futuro promissor?
Juro que não sei. E se tirarmos questões governamentais do nosso país, a gente sabe que a economia mundial está muito lascada, para não dizer f*dida mesmo.
E tem uma matéria da revista Exame que fala um pouco sobre 6 países que voltaram a restringir a circulação das pessoas, pois após afrouxamento, o número de casos voltou a aumentar.
O lado bom é que ao que tudo indica, já temos uma vacina com resultados promissores contra esse vírus. Sim! Ela ainda precisa ser amplamente testada, mas é um acalento na alma saber que pode dar certo!
Essa semana eu fiz um post no Instagram sobre como precisamos acordar logo. Sei que não está fácil para ninguém e que quem, assim como eu, é considerado de classe média pra cima, está menos pior do quem é da classe média baixa pra baixo.
Enquanto o isolamento social não for rígido, o governo não providenciar a subsistência dos necessitados e injetar grana no próprio país, a economia só vai se prejudicar ainda mais. É isso que estamos vendo acontecer no mundo inteiro! Por qual motivo as pessoas acham que no Brasil vai ser diferente?
Reportagens como a da Exame, citada acima, me faz pensar que enquanto não tivermos uma vacinação mundial e em massa, viveremos em períodos de trancamento severo em casa (afetando a todos) e uma pequena folga no isolamento social.
Ver também: 3 coisas para fazer por si | Especial quarentena
Mas o que posso fazer pra ganhar dinheiro nesse período?
Acredito que independente de esta em home-office ou desempregada, ou ainda com jobs pontuais, e função de cada ser humano, principalmente nesse momento, pensar em formas de fazer renda extra.
Como sabe, fui mandada embora do trabalho em abril. E eu tinha uma carta na manga que eu não fazia ideia, mas o fato é que o curso que eu havia comprado anteriormente, na semana que fui desligada, me deu a motivação que eu precisava para seguir em frente.
E do fundo do meu coração, só consigo pensar que a melhor forma de fazer dinheiro nesse período é na internet. Vendendo produtos, serviços, se reinventando!
Eu, por exemplo, tenho comercializado filtros para stories do Instagram. E sabe quando na história eu pensei que faria isso na minha vida? Nunquinha antes dessa pandemia!
E a satisfação de ver as pessoas usando os filtros que eu fiz, agradecendo por ter recebido um filtro que ela sempre quis e nunca teve… ah é impagável!
Diário, eu foquei na fé
Por isso, finalizo esse diário dizendo que apesar dos altos e baixos da quarentena, apesar de não triscar num livro há semanas por não ter foco, estou satisfeita por ter aprendido a me reinventar.
Estou satisfeita por saber que quando isso passar, serei mais forte do que quando o caos começou. Agradeço muito por estar na casa dos meus pais, por ter a chance de costurar máscaras com minha mãe, por ter a oportunidade de enveredar em cursos on-line que me auxiliam no autoconhecimento e também na profissionalização que busco.
Claro que focar nos estudos também não tem sido simples, mas é necessário. E como diz uma frase anotada em meu telefone, acho que a li no livro O Poder do Hábito, “a vontade de ter fé é o ingrediente mais importante para criar fé na mudança”, quem a escreveu foi o filósofo e psicólogo William James.
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