Decidi re-ler Tão Ontem de Scott Westerfeld para fazer uma análise sobre o mundo da moda e do consumo. Apesar de ser infanto-juvenil, a leitura vale a pena!
Vamos falar hoje sobre um livro que li há alguns anos, vale levar em conta que o comprei antes de criar o blog, e decidi re-ler porque estava querendo retomar minha confusão mental sobre a estrutura do mundo da moda.
Muitas pessoas acham que a moda se resume a roupa que uma pessoa usa; que ela surgiu sem que nem porque; e que vai permanecer por aí por ser algo que a humanidade precisa. Sou obrigada a pensar diferente já que acredito que: estilistas não surgiram do nada simplesmente porque a humanidade precisa que alguém crie vestimentas; ou que algo vire tendência porque Deus quis que virasse; ou ainda porque eu sou do time que acredita que tem um monte de pessoas observadoras espalhadas pelo mundo que fazem previsão sobre o que pode ou não acontecer no mercado da moda, dentre outros mercados.
Um exemplo do meu pensamento é a profissão dos Caçadores de Tendências ou coolhunters. A Pantone pode ser classificada nessa categoria, já que ela sempre libera as cores que serão tendência em um determinado mercado, como moda e arquitetura, durante um certo período, bem antes desse período chegar. Para esse trabalho ser feito, eles estudam, observam e rola todo um contexto até se chegar na cor do ano, por exemplo.
Foi querendo instigar minha mente a refletir um pouco mais sobre o motivo das coisas relacionadas ao mundo da moda que eu voltei na minha estante e escolhi Tão Ontem de Scott Westerfeld para re-ler.
O livro não é o melhor livro do mundo quando você está com seus quase 24 anos e se pega lendo um romance meio bobinho, aquele que você curtiu um bocado quando tinha seus 14 anos, por aí. Entretanto ele prende o leitor com a narrativa fluida que utiliza as palavras de uma forma na qual nos ajuda a criar imagens de cada segundo que se passa na estória.
Hunter, o protagonista, narra todo o livro que, apesar de ter o romance entre ele e Jen como principal atrativo da narrativa, é encantador pela forma como o escritor analisa a sociedade e a pirâmide social na qual estamos inseridos.
Por conta disso ele me fez refletir sobre o consumismo, o porque um item se tornou tendência, quem será que o criou primeiro. Enfim, ele me fez pensar sobre como funciona o mecanismo por detrás do mundo do consumo, da moda e do modismo.
Algo muito legal que o Hunter fala no livro é sobre a pirâmide de consumo que é dividida de acordo com a função das pessoas na sociedade e se resume em: Inovadores, Criadores de Moda, Primeiros Compradores, Consumidores e Retardatários. Só que ao longo da narrativa, surge uma nova classe, a dos Arruaceiros.
É uma obra super interessante para ser lida num momento de diversão, mas também para ser analisada.
Diise
Adorei a resenha, Lila!
Vai para minha wishlist!
Beijos
Larissa Rehem
Que bom Diise!
Espro que goste.
Beijos.
Cibele Brito
Interessante essa análise sobre o mercado da moda, só não sei se me empolgo pra ler pela parte do “romance meio bobinho”, rs.
Beijos!
Larissa Rehem
Pois é… ele é um livro bem infando-juvenil Cibele.
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Beijinhos.